sexta-feira, 28 de maio de 2021

Sind-UTE/MG e Câmara Municipal de Nacip Raydan debatem municipalização e desmonte do Serviço Público

Na última terça-feira, 25 de abril, às 18h, a direção da Subsede Governador Valadares, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-UTE/MG, representada por Lediana Aparecida de Souza e Rafael Toledo, além de Educadores que trabalham no Município, participaram da Tribuna Livre do Plenário da Câmara de Vereadores do Município de Nacip Raydan, com a cessão do Plenário, para discussão a respeito dos problemas e as consequências da PEC 32 (desmonte do regime jurídico do Serviço Público), do “Projeto Somar” do governo do Estado, que tem o objetivo de privatizar a gestão das escolas estaduais que ofertam ensino médio e da municipalização de escolas da Rede Estadual.

De início, discutiu-se o projeto de municipalização, proposto pelo governo do Estado que traz, entre outras consequências: profissionais que fazem merenda, limpam as escolas, trabalham na secretaria, biblioteca, professoras/es... serão demitidos porque são contratados e os que são efetivos ficarão excedentes; escolas estaduais importantes na história dos diferentes municípios deixarão de existir; haverá transtornos na vida de pais e alunos, uma vez que muitos não querem mudar seus filhos para outras escolas e, em muitos casos, longe de suas casas; os diretores, professores, pessoal técnico, administrativo e pedagógico, o Conselho Municipal de Educação, o Sind-UTE/MG e outros atingidos, não foram escutados pelo Estado e pelos prefeitos até agora.

O Sind-UTE/MG destaca que o projeto de municipalização das escolas estaduais foi lançado num momento crítico da pandemia de Covid-19, sem qualquer diálogo com a categoria e comunidade escolar, trazendo graves impactos para a Sociedade, não é de conhecimento dos Profissionais da Educação que atuam nas Escolas e tão menos da comunidade escolar local, setores que serão diretamente atingidos pelo projeto de municipalização anunciado pelo Governo do Estado, não está disponibilizado para consulta pública para que a Sociedade possa participar de forma ampla e democrática.

A atual forte dependência financeira dos Municípios com relação ao Estado no que diz respeito ao repasse das verbas constitucionais vinculadas, como é o caso do FUNDEB, além da cessão de professores estaduais efetivos para as escolas municipalizadas e a manutenção da infraestrutura das escolas estaduais, são fatores negativos nesse processo.

O processo de municipalização também causará aumento considerável no número de matrículas no Município e, apesar do ajuste do repasse de recursos do FUNDEB, da disponibilização de recursos pelo Estado à Municipalidade que aderir ao projeto e a cessão de imóveis, ainda assim, não é possível afirmar se os expedientes serão suficientes para que o executivo municipal possa assumir a gestão do ensino do ensino fundamental. Ou seja, não haverá qualquer garantia que o repasse dos recursos do FUNDEB ao Munícipio serão o suficiente para assumir integralmente todas as matrículas dos alunos.

Sob o aspecto pedagógico, a municipalização provoca grandes entraves como: falta de assistência pedagógica e capacitação dos professores, queda generalizada da qualidade de ensino, problemas decorrentes de conflitos entre profissionais municipais e estaduais e escolas com falta de espaço físico adequado para os alunos e servidores. Quanto à gestão administrativa, os quadros de funcionários técnicos, administrativos e docentes subordinados à Secretaria de Estado e às Secretarias Municipais de Educação também sofrerão com tal processo de municipalização.

Por outro lado, é importante ressaltar que mesmo na hipótese de qualquer processo de consulta prévia, com debate amplo e democrático, este estaria prejudicado por causa do Covid-19, visto que a população mineira perpassa o pior momento de toda a pandemia, com recordes repetidos no número de mortes. Tal fato impede, sobremaneira, que tenha qualquer discussão ampla, transparente e debate prévio com a comunidade escolar sobre o Projeto “Mãos Dadas”, tendo em vista a necessidade da manutenção de medidas e protocolos rígidos para evitar o aumento do número de vítimas para a pandemia.

Por fim, destacou-se que a Constituição Federal de 1988 assegura (art. 206, VI) que a oferta do ensino deve ser pautada por uma gestão democrática, que consiste na coordenação de ações por parte do Estado que propõe a participação social nas tomadas de decisões, isto é, o envolvimento direto da comunidade escolar, pais, alunos e educadores. Porém, o governo oferece o ensino fundamental a prefeitos, usando a linguagem mercadológica: as matrículas escolares seriam “benefícios para os municípios”, esquecendo-se dos prejuízos humanos que essas mudanças desconsiderando o princípio constitucional da gestão democrática e a transparência dos atos da administração pública.

O Sind-UTE/MG propõe que as Câmaras Municipais elaborem um Projeto de Lei que defenda a Educação Pública de Qualidade Social, com os seguintes princípios: 1. É a comunidade escolar que deve definir sobre a municipalização das matrículas. Estudantes, pais e mães e profissionais da educação serão diretamente consultados; 2. Antecedendo a consulta, devem acontecer ampla debates com todas as informações; 3. Caso a comunidade decida pela municipalização, a decisão ainda deve passar pela Câmara Municipal; 4. O prefeito deve demonstrar que o município tem condições financeiras de arcar com as novas despesas que estaria assumindo. Deve demonstrar também que já cumpriu o Plano Municipal de Educação, notadamente no que se refere a oferta da educação infantil.

Como os anos iniciais escolares de Nacip Raydan foram municipalizados na última década do século XX, os educadores presentes ressaltaram que é fundamental a atenção da Câmara sobre outras ameaças aos municípios da Região, como os projetos de terceirização que estão sendo ensaiados pelo governo Zema, entre eles, o Projeto Somar, e solicitaram manifestação contrária ao projeto “Mãos Dadas” do Governo Estadual, que trata do processo de municipalização dos anos iniciais do ensino fundamental da educação básica das escolas que encontram sob a responsabilidade do Estado de Minas Gerais, junto a deputados estaduais e demais autoridades legislativas e executivas que a Câmara Municipal julgar adequadas.

Para ampliar o debate de outros temas discutidos durante a reunião, o Sind-UTE/MG enviou ao Presidente da Câmara, Geremias Candido De Sousa, a Cartilha “Não à PEC 32/20 da Reforma Administrativa” e Nota Técnica do Dieese, sobre os impactos da Reforma Administrativa do governo federal para os/as servidores/as, os serviços públicos e toda população, uma vez que que essa famigerada PEC “representa mais um capítulo das desmedidas ultraliberais do governo Bolsonaro/Guedes, que projetam mais desigualdades sociais e omissões estatais no atendimento das políticas públicas essenciais à população, com inevitável e programada capitulação do Estado aos interesses do mercado (nacional e internacional).”




quarta-feira, 26 de maio de 2021

Sind-UTE/MG encontra-se com Legislativo e Executivo de Mendes Pimentel

No último dia 24 de maio, às 15 horas,  a direção do Sind-UTE/MG, representada por Lediana Aparecida de Souza e Rafael Toledo, esteve na Câmara Municipal de Mendes Pimentel, a convite do Vereador Wesley Caldeira Da Silva – PT. A reunião ocorreu para esclarecimentos sobre rumores acerca do pagamento do Piso Nacional da Educação e suas correções anuais, que não encontram vedação na Lei Complementar nº 173/20. Segundo o relator de consulta no TCE/MG, conselheiro Cláudio Terrão, feita pelo Município de Monte Azul – MG, de acordo com o artigo oitavo, da Lei 173/20, estão fora da proibição as adequações de remuneração derivadas de determinação legal anterior à calamidade pública, que é justamente o que ocorre com o piso nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, cuja fixação e necessidade de atualização anual têm origem em previsão legal datada de 2008. “O direito ao piso salarial nacional, portanto, está consolidado na legislação pátria desde 2009, assim como o direito à atualização anual”, declarou. Parecer e ofício foram entregues ao Vereador, juntamente com o pedido do apoio ao encaminhamento do Plano de Cargos, Carreiras e Valorização dos Profissionais de Educação Básica Município de Mendes Pimentel.

Aproveitando o ensejo, os diretores também procuraram a Prefeitura Municipal de Mendes Pimentel, onde mesmo sem prévio agendamento, foram prontamente recebidos pelo Prefeito, Paulo Antônio de Souza, que também recebeu os mesmos documentos do Sind-UTE/MG e, esclareceu que encontra-se na fase de embargos declaração sobre o processo que em abril de 2019, onde a Subsede Governador Valadares do Sind-UTE/MG, ingressou cobrando o pagamento do piso salarial nacional e a jornada extraclasse aos servidores municipais de Mendes Pimentel. A ação foi julgada procedente e concedeu aos servidores o pagamento imediato do piso salarial de forma proporcional à jornada de 25 horas. Além disso, o juiz também acatou o pedido de pagamento dos valores do Piso Salarial atrasados, não pagos desde 2011 (valores que serão cobrados em procedimento de cumprimento de sentença específico). Outro pedido, também julgado procedente, foi com relação à jornada extraclasse que não era atendida nos termos da Lei Federal. O juiz acatou o pedido do Sind-UTE/MG determinando um máximo de 16 horas e 40 minutos para atividades em interação e 08 horas e 20 minutos em atividade extraclasse, para uma jornada semanal de 25 horas. O Prefeito informou que tão logo sejam resolvidos os trâmites, iniciará o cumprimento da sentença. Além disso, assumiu o compromisso de agendar uma reunião para a discussão da Pauta de Reivindicações da categoria.

domingo, 16 de maio de 2021

Conselheiro Pena tem Comunidade Escolar mobilizada contra a municipalização escolar

 


Trabalhadores/as em Educação de Conselheiro Pena têm realizado diversas ações para discutir com os poderes locais e a comunidade escolar no sentido de esclarecer o Município sobre os problemas trazidos pelo projeto de municipalização das escolas estaduais apresentado pelo governador Romeu Zema. Para isso, tem se produzido material gráfico e vídeos para as redes sociais, reuniões, cartas, mensagens, discussões em módulos coletivos, transmissões ao vivo e reuniões, buscando diálogo com o Executivo. Entre essas ações, militantes do Sind-UTE/MG, da Subsede Governador Valadares, têm se reunido com a Câmara Municipal. Em especial, no dia 06 de maio, para esclarecimentos aos vereadores e trabalhadores/as presentes sobre os problemas causados pelo processo desencadeado, ressaltando a importância das Escolas Estaduais para o Município.
Desde quarta-feira, 12 de maio, carro de som com texto expressando as manifestações da Comunidade Escolar, visitou diversos pontos de referência de Conselheiro Pena, para a denúncia a toda a população contra a precarização da Escola Pública.

A falta de diálogo com os sindicatos, entidades educacionais e comunidades escolares é uma marca do governo Zema, evidenciada pelo projeto lançado em março desse ano pelo governo de Minas, por meio da SEE/MG. Inclusive, o próprio governo encaminhou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 2.657/2021, que institui o “Mãos Dadas” e tem como um dos objetivos impedir que as Câmaras Municipais possam intervir no processo de municipalização.

O Sind-UTE/MG reivindicou a anulação do projeto e reforçou à representação da SEE/MG que a medida vem sendo executada de maneira antidemocrática. Portanto, compromete a qualidade da educação, gera desemprego na categoria, reduz matrículas e nega o direito à educação.

Posturas impositivas na maneira como o projeto foi apresentado às prefeituras, conduzindo à adesão sem qualquer análise detalhada das reais condições do município têm sido presenciadas, vindo da parte do governo de Minas, ao apresentar uma mudança estrutural e prejudicial na Rede Estadual durante o pior momento já enfrentado com a pandemia de Covid-19.

A intenção do governo é municipalizar cerca de 70% de toda a Rede Estadual em três anos, com os anos iniciais e finais de todo o ensino fundamental.

De acordo com análise feita pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, além de retirar mais de R$ 1 bilhão de reais de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), o “Mãos Dadas” trará um prejuízo de R$ 1,35 bilhões para as prefeituras a partir da transferência de mais de um milhão de matrículas. No Município de Conselheiro Pena, estima-se 862 estudantes de anos iniciais na rede municipal. Esse número tende a aumentar para 1.277, representando aumento de 48% nas matrículas e, um déficit imediato de 1.676.021,67 aos cofres do Município.

O Sind-UTE/MG cobra da Secretaria a construção do debate com as Câmaras Municipais e a necessidade de as prefeituras apresentarem um estudo sobre o impacto financeiro e a capacidade de absorção das matrículas na Rede Municipal. É necessário frisar que o debate não se trata de diferenciar as Redes Municipal e Estadual, mas sim da essencialidade de envolver todas e todos afetados pela proposta de municipalização. “Lutamos pela educação pública de qualidade social, independentemente se ela acontece na rede estadual ou na rede municipal. Queremos que esse direito continue sendo ofertado, com diálogo e sem a imposição de precarização e desemprego.”

O Sindicato seguirá inarredável na luta contra a municipalização, construindo o debate público nas Câmaras e impedindo decisões autoritárias que ferem princípios da gestão democrática.

Além das reivindicações que Comunidade Escolar tem apresentado para a Câmara e à Prefeitura Municipal, além da rejeição à proposta de Zema, militantes do Sind-UTE/MG têm procurado a Casa para reiterar a necessidade manutenção do debate, e apresentado sugestão de texto de Lei Municipal que garanta os princípios constitucionais da transparência e do debate democrático, com base em Projeto de Lei 2.617/2021, da deputada estadual Beatriz Cerqueira. A Comunidade Escolar aguarda encaminhamentos pela aprovação do texto pelo Poder Legislativo, no sentido da garantia dos poderes daquela casa, com os seguintes princípios:

1. É a comunidade escolar que deve definir sobre a municipalização das matrículas. Estudantes, pais e mães e profissionais da educação serão diretamente consultados.

2. Antecedendo a consulta, devem acontecer ampla debates com todas as informações;

3. Caso a comunidade decida pela municipalização, a decisão ainda deve passar pela Câmara Municipal;

4. A prefeita deve demonstrar que o município tem condições financeiras de arcar com as novas despesas que estaria assumindo. Deve demonstrar também que já cumpriu o Plano Municipal de Educação, notadamente no que se refere a oferta da educação infantil.

Referências: Sind-UTE/MGBeatriz Cerqueira









Aimorés mobiliza Comunidade Escolar contra a municipalização escolar



Trabalhadores/as em Educação de Aimorés têm realizado ações para discutir com os poderes locais e a comunidade escolar no sentido de esclarecer o Município sobre os problemas trazidos pelo projeto de municipalização das escolas estaduais apresentado pelo governador Romeu Zema. Para isso, tem se produzido material gráfico para as redes sociais, reuniões, cartas, mensagens, reuniões com o Legislativo municipal e, buscando diálogo com o Executivo. Entre essas ações, a direção da Subsede Governador Valadares participou de reunião com a Câmara Municipal no dia 03 de maio, para esclarecimentos aos vereadores e trabalhadores/as presentes sobre os problemas causados pelo processo desencadeado. Representantes têm participado de outras reuniões da Câmara Municipal nas últimas semanas com o fim de maiores esclarecimentos sobre a importância das Escolas Estaduais para o Município.
Desde quarta-feira, 12 de maio, carro de som com texto expressando as manifestações da Comunidade Escolar de Aimorés, visitou diversos pontos de referência, para a denúncia a toda a população contra a precarização da Escola Pública.
A falta de diálogo com os sindicatos, entidades educacionais e comunidades escolares é uma marca do governo Zema, evidenciada pelo projeto lançado em março desse ano pelo governo de Minas, por meio da SEE/MG. Inclusive, o próprio governo encaminhou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 2.657/2021, que institui o “Mãos Dadas” e tem como um dos objetivos impedir que as Câmaras Municipais possam intervir no processo de municipalização.
O Sind-UTE/MG reivindicou a anulação do projeto e reforçou à representação da SEE/MG que a medida vem sendo executada de maneira antidemocrática. Portanto, compromete a qualidade da educação, gera desemprego na categoria, reduz matrículas e nega o direito à educação.
Posturas impositivas na maneira como o projeto foi apresentado às prefeituras, conduzindo à adesão sem qualquer análise detalhada das reais condições do município têm sido presenciadas, vindo da parte do governo de Minas, ao apresentar uma mudança estrutural e prejudicial na Rede Estadual durante o pior momento já enfrentado com a pandemia de Covid-19.
A intenção do governo é municipalizar cerca de 70% de toda a Rede Estadual em três anos, com os anos iniciais e finais de todo o ensino fundamental.
De acordo com análise feita pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, além de retirar mais de R$ 1 bilhão de reais de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), o “Mãos Dadas” trará um prejuízo de R$ 1,35 bilhões para as prefeituras a partir da transferência de mais de um milhão de matrículas. No Município de Aimorés, estima-se 636 estudantes de anos iniciais na rede municipal. Esse número tende a aumentar para 1.362, representando aumento de 114% nas matrículas e, um déficit imediato de 1.698.632,96 aos cofres do Município.
O Sind-UTE/MG cobra da Secretaria a construção do debate com as Câmaras Municipais e a necessidade de as prefeituras apresentarem um estudo sobre o impacto financeiro e a capacidade de absorção das matrículas na Rede Municipal. É necessário frisar que o debate não se trata de diferenciar as Redes Municipal e Estadual, mas sim da essencialidade de envolver todas e todos afetados pela proposta de municipalização. “Lutamos pela educação pública de qualidade social, independentemente se ela acontece na rede estadual ou na rede municipal. Queremos que esse direito continue sendo ofertado, com diálogo e sem a imposição de precarização e desemprego.”
O Sindicato seguirá inarredável na luta contra a municipalização, construindo o debate público nas Câmaras e impedindo decisões autoritárias que ferem princípios da gestão democrática.

Após a reunião com a Câmara Municipal, em 03 de maio, militantes do Sind-UTE/MG têm procurado a Casa para reiterar a manutenção do debate,  e apresentado sugestão de texto de Lei Municipal que garanta os princípios constitucionais da transparência e do debate democrático, com base em Projeto de Lei 2.617/2021 da deputada estadual Beatriz Cerqueira. A Comunidade Escolar aguarda encaminhamentos pela aprovação do texto pelo Poder Legislativo, no sentido da garantia dos poderes daquela casa, com os seguintes princípios:
1. É a comunidade escolar que deve definir sobre a municipalização das matrículas. Estudantes, pais e mães e profissionais da educação serão diretamente consultados.
2. Antecedendo a consulta, devem acontecer ampla debates com todas as informações;
3. Caso a comunidade decida pela municipalização, a decisão ainda deve passar pela Câmara Municipal;
4. O prefeito deve demonstrar que o município tem condições financeiras de arcar com as novas despesas que estaria assumindo. Deve demonstrar também que já cumpriu o Plano Municipal de Educação, notadamente no que se refere a oferta da educação infantil.

Referências: Sind-UTE/MGBeatriz Cerqueira







Em Resplendor, Comunidade Escolar se manifesta contra a municipalização escolar

 

Trabalhadores/as em Educação de Resplendor têm realizado diversas ações para discutir com os poderes locais e a comunidade escolar no sentido de esclarecer o Município sobre os problemas trazidos pelo projeto de municipalização das escolas estaduais apresentado pelo governador Romeu Zema. Para isso, tem se produzido material gráfico para as redes sociais, reuniões, cartas, mensagens, reuniões com o Executivo e o Legislativo municipais. Entre essas ações, a direção da Subsede Governador Valadares participou de reunião com a Câmara Municipal no dia 22 de abril, para esclarecimentos aos vereadores e trabalhadores/as presentes sobre os problemas causados pelo processo desencadeado.

No sábado, 15 de maio, faixas contendo manifestações da Comunidade Escolar de Resplendor foram espalhados por diversos pontos de referência de Resplendor, para a denúncia a toda a população.

A falta de diálogo com os sindicatos, entidades educacionais e comunidades escolares é uma marca do governo Zema, evidenciada pelo projeto lançado em março desse ano pelo governo de Minas, por meio da SEE/MG. Inclusive, o próprio governo encaminhou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 2.657/2021, que institui o “Mãos Dadas” e tem como um dos objetivos impedir que as Câmaras Municipais possam intervir no processo de municipalização.

O Sind-UTE/MG reivindicou a anulação do projeto e reforçou à representação da SEE/MG que a medida vem sendo executada de maneira antidemocrática. Portanto, compromete a qualidade da educação, gera desemprego na categoria, reduz matrículas e nega o direito à educação.

Posturas impositivas na maneira como o projeto foi apresentado às prefeituras, conduzindo à adesão sem qualquer análise detalhada das reais condições do município têm sido presenciadas, vindo da parte do governo de Minas, ao apresentar uma mudança estrutural e prejudicial na Rede Estadual durante o pior momento já enfrentado com a pandemia de Covid-19.

A intenção do governo é municipalizar cerca de 70% de toda a Rede Estadual em três anos, com os anos iniciais e finais de todo o ensino fundamental.

De acordo com análise feita pelo Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, além de retirar mais de R$ 1 bilhão de reais de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), o “Mãos Dadas” trará um prejuízo de R$ 1,35 bilhões para as prefeituras a partir da transferência de mais de um milhão de matrículas. No Município de Resplendor, estima-se 912 estudantes de anos iniciais na rede municipal. Esse número tende a aumentar para 963, representando aumento de 5,6% nas matrículas e, um déficit imediato de 120.244,25 aos cofres do Município.

O Sind-UTE/MG cobra da Secretaria a construção do debate com as Câmaras Municipais e a necessidade de as prefeituras apresentarem um estudo sobre o impacto financeiro e a capacidade de absorção das matrículas na Rede Municipal. É necessário frisar que o debate não se trata de diferenciar as Redes Municipal e Estadual, mas sim da essencialidade de envolver todas e todos afetados pela proposta de municipalização. “Lutamos pela educação pública de qualidade social, independentemente se ela acontece na rede estadual ou na rede municipal. Queremos que esse direito continue sendo ofertado, com diálogo e sem a imposição de precarização e desemprego.”

O Sindicato seguirá inarredável na luta contra a municipalização, construindo o debate público nas Câmaras e impedindo decisões autoritárias que ferem princípios da gestão democrática.

Após a reunião com a Câmara Municipal, em 22 de abril, a direção do Sind-UTE/MG - Subsede Governador Valadares, enviou por ofício, em agradecimento à Casa pela oportunidade do primeiro debate, apresentou sugestão de texto de Lei Municipal que garanta os princípios constitucionais da transparência e do debate democrático, com base no Projeto de Lei 2.617/2021, da deputada estadual Beatriz Cerqueira. A Comunidade Escolar aguarda encaminhamentos pela aprovação do texto pelo Poder Legislativo, no sentido da garantia dos poderes daquela casa, com os seguintes princípios:

1. É a comunidade escolar que deve definir sobre a municipalização das matrículas. Estudantes, pais e mães e profissionais da educação serão diretamente consultados.

2. Antecedendo a consulta, devem acontecer ampla debates com todas as informações;

3. Caso a comunidade decida pela municipalização, a decisão ainda deve passar pela Câmara Municipal;

4. O prefeito deve demonstrar que o município tem condições financeiras de arcar com as novas despesas que estaria assumindo. Deve demonstrar também que já cumpriu o Plano Municipal de Educação, notadamente no que se refere a oferta da educação infantil.

Referências: Sind-UTE/MGBeatriz Cerqueira


















sexta-feira, 7 de maio de 2021

DIOCESANO FAZ ENTREGA DE ARRECADAÇÃO DE CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE

Material de Higiene Pessoal e EPI
Material doado ao HMGV


A EE Diocesano, do Bairro Vila Bretas, em Governador Valadares, desde o dia 23 de abril passado, organizou doações de produtos de higiene ao Hospital Municipal de Governador Valadares, que anotou falta de materiais básicos de higiene devido ao número extraordinário de internados por Covid-19, durante período recente. O Hospital tem solicitado de familiares e amigos de internadas/os auxílio na compra desses materiais. Muitas pessoas são Trabalhadoras/es em Educação de Minas Gerais, ou seus familiares.

Foram adquiridos, por doação: 28 litros de enxaguante bucal, 10 litros de hidratante corporal, 44 unidades de protetor labial e 1500 luvas descartáveis (300 luvas foram repassadas ao setor de imunização da UBS Centro). 

O grupo de controle da campanha levou os resultados aos/às funcionários/as do Hospital na manhã desta sexta-feira, 07 de maio, apresentando-o ao Serviço Social.