quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sind-UTE/MG cobra dívida do estado com a educação de Minas Gerais

Os trabalhadores em Educação, em greve desde o último dia 8 de junho, e representantes de outros Sindicatos do Funcionalismo Público Estadual participam, neste momento, da reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas, que discute a dívida do Estado com a União.
Para a reunião foram convidados o ministro da Fazenda, Guido Mantega; os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Clésio Andrade (PR-MG) e Itamar Franco (PPS-MG); e os secretários de Estado de Fazenda, Leonardo Colombini; e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
Na oportunidade, os trabalhadores em educação cobram do Governo do Estado a dívida que ele tem com a educação, já que, além de não pagar um salário justo, proporciona condições ruins de trabalho. Os trabalhadores/as reivindicam o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a lei 11.738, que regulamenta o Piso, que hoje é de R$ 1597,87, para uma jornada de 24 horas e ensino médio completo. Minas Gerais paga hoje o Piso de R$ 369,00, que, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), é considerado o pior Piso Salarial dos 27 estados brasileiros.
Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a sociedade precisa saber que o Governo não cumpre a lei federal do Piso, por isso deixa de investir na Educação, que é um serviço essencial para o desenvolvimento humano. “O Estado investiu apenas 14% em Educação no primeiro trimestre e, em 2010, os recursos disponibilizados ao setor foram de 20%, dos 25% que o Governo é obrigado a investir. Porém esta mesma administração colocou mais de R$1 bilhão na construção da Cidade Administrativa, então acredito que se o Governo pode investir em arquitetura, também tem recursos para aplicar em Educação”, disse.
Logo mais, às 18h30, os sindicalistas participam, também no Plenário da ALMG, do 3º Encontro dos Movimentos Sociais “Minas não quer CHOQUE, quer terra, trabalho e Educação”.
Vale ressaltar que na Assembleia Estadual da categoria, realizada nessa terça-feira (28.6), com mais de 6mil trabalhadores, a greve foi mantida por tempo indeterminado. Nova Assembleia Estadual acontece no dia 6
de julho, às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

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