A primeira questão que precisa ser
debatida é de que a proposta do Governo constitui um aumento da jornada de
trabalho do/a professor/a, ao estabelecer o cumprimento de 1/3 para
hora-atividade, além da jornada de regência atual do professor. Embora ele
afirme que a extensão de jornada (que passaria a ser denominada Adicional por
extensão de Jornada) será opcional, há situações previstas na proposta do
projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade. Isso significa que o Governo
pretende regulamentar a hora-atividade com o atual quadro de professores da
rede estadual, sem aumentá-lo.
Além disso, a experiência atual da
categoria é de que, em muitos lugares, o módulo II tem sido utilizado apenas
para reuniões administrativas ou imposto de forma a constituir uma punição ao/à
professor/a. Por isso, a regulamentação da hora-atividade precisa ser discutida
e negociada, o que foi cobrado pelo Sindicato durante reunião realizada com as
Secretarias de Estado de Educação e de Planejamento e Gestão no dia 07/08.
Outra questão é que, pelo projeto de
lei, os/as servidores/as que já recebem a extensão de carga horária não terão
este adicional incorporado nos proventos da aposentadoria, além de estabelecer
nova regra de média, que seria a decenal. No entanto, os cálculos da dobra de
turno e da exigência curricular utilizam a média quinquenal, o que garante
melhor média para o professor. Estas alterações também foram cobradas pelo
Sindicato durante a reunião realizada no dia 07/08.
Ainda de acordo com o projeto de lei,
a extensão da carga horária para o efetivado seria extinta a partir de 2013 e o
Governo continua ignorando uma situação que traz prejuízos aos servidores
efetivados, que é a manutenção do cargo com o mesmo número de aulas de 2007.
Isso, no momento da aposentadoria, significará enormes prejuízos para o
servidor efetivo, que receberá de provento o valor do cargo com as aulas, mesmo
que tenha feito extensão de jornada. Este ponto também foi questionado pelo
Sind-UTE/MG.
Salário e Carreira:
Governo não discutirá propostas com o Sindicato
No dia 07/08, ocorreu nova reunião
com as Secretarias de Estado da Educação e de Planejamento e Gestão. A pauta
era a discussão de Salário e carreira a partir da Pauta de reivindicações que foi
protocolada em abril deste ano pelo Sind-UTE MG. No entanto, a resposta do
governo para a maioria dos pontos foi negativa. O Governo alegou que as
questões relacionadas à carreira e não seriam discutidas com o Sind-UTE porque
eram pontos que atingiriam todo o funcionalismo e portanto seriam discutidos no
Comitê de Negociação Sindical (Cones). Este encaminhamento do governo significa
que não haverá avanços porque, no Cones, a politica remuneratória está
vinculada ao crescimento de receita e conforme estudos do Sind-Fisco haveria
uma margem de apenas 1,81% para investimento em quaisquer demandas do
funcionalismo.
Acompanhe a fala do Governo a
respeito das reivindicações sobre salário e carreira:
Reivindicações: Pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional como vencimento básico para jornada de 24 horas com a garantia do reajuste das tabelas salariais de acordo com o custo aluno; manutenção do direito a biênios, quinquênios e demais vantagens de cada servidor/a; restabelecimento dos percentuais da progressão para 3% e da promoção para 22%.
Reivindicações: Pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional como vencimento básico para jornada de 24 horas com a garantia do reajuste das tabelas salariais de acordo com o custo aluno; manutenção do direito a biênios, quinquênios e demais vantagens de cada servidor/a; restabelecimento dos percentuais da progressão para 3% e da promoção para 22%.
Resposta do Governo: a sua
política é a do subsídio como forma de remuneração com as atuais tabelas.
Reivindicação: Revisão do
posicionamento dos servidores com o espelhamento na carreira, de acordo com o
seu tempo de efetivo exercício e escolaridade.
Resposta do Governo: para o
governo isso já está acontecendo através da "força-tarefa" e
consequentes publicações de correções. O Sindicato discorda desta posição. As
supostas correções alcançaram pouco mais de 30 mil servidores num universo de
cerca de 400 mil profissionais em educação. Além disso, a escolaridade de
milhares de servidores continua errada e o tempo de serviço não foi valorizado
dentro da carreira, mas foi criada uma nova tabela em que o servidor precisaria
de 42 anos de trabalho para alcançar o seu último grau.
Reivindicações: Imediata atualização da escolaridade dos servidores efetivos, efetivados e aposentados; modificação do interstício para promoção por escolaridade de 5 anos para anualmente; que o estágio probatório faça parte do interstício para promoção por escolaridade adicional; modificar a legislação estadual para que o afastamento do servidor em função de licença médica não acarrete prejuízo em seu direito à promoção por escolaridade adicional; garantia aos servidores em ajustamento funcional ou licença médica, que sejam posicionados nas tabelas salariais, levando em consideração a gratificação de regência.
Reivindicações: Imediata atualização da escolaridade dos servidores efetivos, efetivados e aposentados; modificação do interstício para promoção por escolaridade de 5 anos para anualmente; que o estágio probatório faça parte do interstício para promoção por escolaridade adicional; modificar a legislação estadual para que o afastamento do servidor em função de licença médica não acarrete prejuízo em seu direito à promoção por escolaridade adicional; garantia aos servidores em ajustamento funcional ou licença médica, que sejam posicionados nas tabelas salariais, levando em consideração a gratificação de regência.
Resposta do Governo: para
discussão no Comitê de Negociação Sindical.
Reivindicações:
Pagamento imediato das vantagens já adquiridas quando do afastamento preliminar à aposentadoria; Que o profissional da educação que atua em APAE tenha os mesmos direitos relativos à progressão, promoção e a quaisquer outras políticas remuneratórias.
Reivindicações:
Pagamento imediato das vantagens já adquiridas quando do afastamento preliminar à aposentadoria; Que o profissional da educação que atua em APAE tenha os mesmos direitos relativos à progressão, promoção e a quaisquer outras políticas remuneratórias.
Resposta do Governo: apresentará
proposta para estes pontos.
Férias-prêmio:
direito que Governo Anastasia continua desrespeitando
O fim da suspensão do exercício de
férias-prêmio é uma conquista da categoria. No entanto, o processo de
negociação com o governo do estado ocorreu de modo que, várias questões
importantes apresentadas pela entidade, ficaram sem correção. O corte temporal
de 29/02/2004 exclui servidores do gozo de férias-prêmio sem qualquer
justificativa, além da simples política de exclusão. Não conceder o mesmo
direito aos servidores das Superintendências Regionais de Ensino também é outra
política sem explicação, além da política de exclusão.
Além da Resolução, a Secretaria de
Estado da Educação emite orientações que ninguém tem acesso, inovando em regras
que não foram discutidas e transformando este direito num martírio.
Fonte: http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=3650
Fonte: http://www.sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=3650
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