Fonte: Sind-UTE/MG
No dia 1º de fevereiro, começa o ano escolar da rede estadual de Minas Gerais. O ano é novo, mas, os problemas se repetem. As escolas iniciam suas atividades sem que tenham o quadro de profissionais completo. As designações para Auxiliar de Serviços da Educação Básica não foram autorizadas na maioria das Superintendências Regionais de Ensino. As designações para professores ocorreram sem respeitar a regra da publicização das vagas com antecedência como na Superintendência Metropolitana B em Belo Horizonte.
A Secretaria insiste em aumentar a carga horária do professor criando mais horas de exigência curricular, principalmente, para os professores dos anos iniciais do ensino fundamental. No Ensino Médio, o prometido coordenador para o projeto “Reiventando o Ensino Médio”, ficou apenas na promessa e os Conservatórios de Música continuam com um quadro de pessoal aquém das suas necessidades.
Aos professores que adoeceram em 2012 será exigida nova perícia médica para a contratação em 2013. No entanto, não há mais vagas para agendamento de perícias antes do cronograma de designações.
Em relação ao concurso público, cuja homologação foi prometida para 30/10/2012 e posse para o inicio do ano letivo de 2013, somente após muita cobrança do Sindicato, o governo mineiro publicou a homologação no último dia 30. O Sind-UTE/MG continua cobrando a imediata nomeação dos concursados, sem qualquer resposta da Secretaria de Estado da Educação (SEE). E as vagas divulgadas no Edital do concurso estão sumindo do quadro das escolas e Superintendências Regionais de Ensino.
Os alunos dos anos iniciais tinham o direito de ter aulas de educação física com professor habilitado na área, o que foi retirado pela Secretaria de Educação. O número de servidores nas secretarias das escolas estaduais é insuficiente e diminui a cada ano fazendo com que um número cada vez menor de profissionais assuma, cada vez mais, demandas que sobrecarregam o seu dia a dia de trabalho.
Desde novembro de 2012, o Sind-UTE/MG solicita uma reunião com a Secretaria de Educação e de Planejamento e Gestão para discutir as demandas da categoria, mas, nenhuma agenda foi confirmada até o momento.
O Governo de Minas teve tempo para se reunir com os presidentes de dois importantes times mineiros de futebol, mas, não tem tempo para reunir e discutir a situação da educação, apesar dos insistentes pedidos de reunião feitos pelo Sind-UTE/MG e dos indicadores de acesso, permanência e qualidade da educação em Minas Gerais permaneceram preocupantes. Enquanto ele conversa sobre futebol, o caos na educação mineira se instala.
A resposta a tudo isso precisa ser uma forte campanha salarial educacional cujas manifestações de profissionais de todas as regiões do Estado tenham como ponto de chegada a Copa das Confederações. Quem sabe assim, o Governador ouça o grito de uma categoria cansada de desrespeito e desvalorização.
Beatriz Cerqueira
Coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais
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