Dia 31 de
agosto foi o dia do Seminário com palestrante Ramuth e discussões sobre as
mudanças no Ensino Médio que estão em curso, sem haver qualquer
diálogo dos governos Federal e Estadual. O Destaque foi o
Re-inventando o Ensino Médio que está sendo implantado sem estrutura física e
humana para realizá-lo. O Sind-UTE preza pela qualidade do ensino, mas
a educação deve ser democrática, pois deveria haver alternativa para os alunos
fazerem opção de fazer ou não as áreas de empregabilidade, como o aluno que quer preparar para
o vestibular, enquanto as escolas particulares não terão esta ênfase de empregabilidade
em seu currículo. O MEC que propôs a ampliação da carga horária, mas
não definiu como seria.
Uma
das críticas que se faz em torno deste projeto é de que, em nenhum momento,
houve uma preocupação do governo do Estado em discuti-lo com os trabalhadores
em educação. “Esse programa foi criado à revelia dos sujeitos envolvidos. Há os
que pensam e aqueles que estão sendo forçados a executá-lo. A lógica que se vê
são pessoas completamente deslocadas do ambiente escolar, ou seja, das salas de
aula, impondo processos fadados ao insucesso”, alertou o palestrante, Ramuth
Pereira Marinho, militante da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Para
ele, tanto o Reinventando o Ensino Médio (governo Estadual), quanto o Programa
Nacional de Educação Tecnológica (Pronatec), guardadas as suas devidas
proporções, são programas similares, que tentam atender a uma demanda local
para o mercado de trabalho, com base na vocação regional e na empregabilidade.
“Mas, na realidade não há um diálogo desses programas com a vocação regional.
Por outro, há falta de transparência e de controle social dos gastos. Mas,
sabemos que o dinheiro público, por meio desses projetos, vai parar nas mãos da
iniciativa privada e isso é um absurdo”, avaliou.
"A maior crítica ao Novo Ensino Médio é que não
será um curso técnico, apenas ênfase na empregabilidade, com os alunos forçados a terem
sexto horário para uma área que não seja de sua preferência, pois se não tiver a área que aluno quer será obrigado fazer a que a escola oferecer, quanto o
aluno que quer priorizar o vestibular não haverá esta opção", como
destacou um diretor de escola.
O sexto horário é positivo para a melhoria do ensino médio, mas
deveria ter ouvido os professores e alunos, pois estão dentro de sala de
aula e conhecem a realidade, vemos a educação dando ouvidos aos teóricos da
educação que às vezes nunca trabalharam em escolas públicas, enquanto quem trabalha diretamente com os alunos só recebem as ordens
dos superiores para a executarem; durante as discussões, ficou
constatado a preocupação dos profissionais da escola serem obrigados trabalharem
estas áreas com cursos de capacitações de 30 horas.
O seminário iria ser realizado no Sindieletro/MG, foi transferido para o acampamento em frente ao Palácio do governo, até apresentar a proposta salarial para os educadores. A categoria já realizou três greves pelo Pagamento do Piso
Salarial, de acordo com a Lei Federal 11.738/08 (2008, 2010 e 2011), mas o
Governo de Minas não pagou o Piso e ainda criou o subsídio, que incorpora todas
as gratificações, inclusive, o auxílio transporte.
Anastasia apresente a proposta de nossas reivindicações, pois estamos acampados por tempo indeterminados.
Eficaz Comunicação: (31) 99680652 e 99680651
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