domingo, 30 de março de 2014

Paralisação com Manifestação dia 03 de abril de 2014, em Belo Horizonte




Esclarecimentos sobre o julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade 4.876

Julgamento da ADI 4.876
Quem propôs a ação: o Ministério Público Federal
O que foi declarado inconstitucional: o artigo 7º da Lei Complementar 100/07 nos incisos I, II, IV e V, o que atingiu os designados efetivados em novembro de 2007, a função pública da educação e os estabilizados pelo artigo 19 da ADCT.
A declaração de inconstitucionalidade foi decidida por unanimidade.  A divergência entre os Ministros foi no momento de definir a modulação de efeitos.
Definição de que em que termos será aplicada a decisão
A decisão de inconstitucionalidade é final. Não há como ser modificada. O Supremo Tribunal Federal  tem a palavra final quando se trata de defender a Constituição. O único recurso cabível é de embargos de declaração, que tem única finalidade de sanar alguma contradição, obscuridade ou contradição, mas que não muda a decisão de inconstitucionalidade do ST.
Modulação de efeitos
Após a decisão pela inconstitucionalidade, o STF decidiu em que termos será aplicada a decisão:
a) Aposentados: garante a continuidade das aposentadorias e o direito de aposentar para os que cumpriram os requisitos até a data da publicação da ata do julgamento. Garante este direito, mesmo que o servidor não tenha apresentado requerimento para aposentadoria. No que se refere às pensões, o Sindicato entende que também está garantida a sua continuidade, mas é necessário aguardar a publicação do acórdão, para mais esclarecimentos.
b) Manutenção dos estabilizados pelo artigo 19 do ADCT.
c) Efeito imediato da decisão para os cargos que têm concurso público em andamento.
O efeito imediato se dará a partir do trânsito em julgado da decisão.
Para transitar em julgado é necessário: a publicação da decisão, o transcurso do prazo para interposição de embargos de declaração, o julgamento dosembargos de declaração (se forem apresentados). Aí a decisão transita em julgado.
Embargos de declaração não muda a decisão. Este recurso tem o objetivo de esclarecer eventual contradição, omissão ou obscuridade quando da publicação do acórdão. Pode ser interposto apenas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e Governo do Estado.
d) Para os cargos que não têm concurso público, foi definido o prazo de 12 meses a contar a partir do trânsito em julgado. Atualmente, os cargos sem concurso são o de Professor do Ensino Religioso e Auxiliar de Serviços da Educação Básica.
Observação:
Os cargos com concurso público em vigor: Assistente Técnico de Educação Básica, Assistente Técnico Educacional, Analista Educacional, Analista Educacional com função de inspeção escolar, Especialista em educação básica, Professor de educação básica anos iniciais do Ensino Fundamental, Artes, Bioloagia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia.
Tira dúvidas
1) A servidora prestou concurso público, passou dentro das vagas divulgadas no edital. Mas o Estado não nomeou e efetivou essa servidora.
O Sindicato vai aguardar o trânsito em julgado da ADI 4876 para a propositura de ações, pleiteando a imediata nomeação.
2) Com a decisão do STF como fica a situação do efetivado em ajustamento funcional?
De acordo com a decisão do STF, o servidor efetivado em ajustamento funcional será dispensado quando da aplicação da decisão. É importante o servidor verificar se preenche os requisitos para aposentadoria por invalidez.
3) Com a decisão do STF como fica a situação do efetivado que está de licença médica ou licença maternidade?
De acordo com a decisão do STF, o servidor efetivado nas situações acima será dispensado quando da aplicação da decisão. No caso de licença médica, é importante o servidor verificar se preenche os requisitos para aposentadoria por invalidez.
4) Como fica a situação dos diretores de escola e vice-diretores efetivados?
Não há como definir esta situação sem discussão com a Secretaria de Educação.  O Sindicato já solicitou reunião com o Governador.
5) Como fica a contribuição do efetivado para aposentadoria que foi recolhida no período de 2007 até a sua desvinculação do Estado?
O Estado terá que negociar esta questão com o INSS. O Sindicato já solicitou reunião com o governador para discutir esta situação. O servidor não poderá ficar prejudicado quando da sua aposentadoria.
6) Como fica a contribuição do efetivado para aposentadoria do período anterior a 2007?
O Estado terá que negociar esta questão com o INSS. O Sindicato já solicitou reunião com o governador para discutir esta situação. O servidor não poderá ficar prejudicado quando da sua aposentadoria.
7) Com a decisão do STF ficou garantida a posse imediata dos concursados efetivados que passaram no concurso, independente da classificação?
Não. Esta questão foi uma sugestão do Ministro no julgamento da ADI 4876. Não faz parte da decisão.  Qualquer nomeação de concursado, obrigatoriamente, deve seguir a ordem de classificação e aprovação do concurso.
8) As nomeações do concurso em vigor, já realizadas, serão revistas uma vez que os cargos ocupados pelos efetivados são vagos?
Não é possível alterar as nomeações já feitas porque no momento em que foram feitas, estas vagas não foram incluídas no Edital SEE 01/2011.
9) Com a decisão do STF, é obrigatória a imediata realização de novo concurso público?
Não, porque no momento, existe concurso público em vigor.
10) Diante de todos os prejuízos que o Governo de Minas causou aos efetivados, é possível ajuizar ação por danos morais?
Esta questão está em análise pelo Departamento Jurídico do Sind-UTE/MG.
11) O servidor efetivado será demitido imediatamente?
 Não. O efeito da decisão se aplica a partir do momento em que houver o trânsito em julgado.
12) O Governo é obrigado a prorrogar o concurso em vigor?
Não. É um ato que depende da sua vontade. Ele não é obrigado. Entretanto, é importante dizer que como tem concurso público em vigor, o Governo é obrigado a nomear os aprovados para todas as vagas divulgadas no Edital SEE 01/2011, respeitando a ordem de classificação, antes de novas nomeações decorrentes de concurso futuro.


15 comentários:

  1. sou ajudante de serviços gerais .fiz concurso em 2002e este concurso numca foi homologado passei dentro das vagas eo governador vei com a lei 100 e quem esta prejudicada sou eu .tenho 27 anos de estado este concurso não pode valer agora?

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  2. GOSTARIA DE SABER COMO FICA NOSSA CONTAGEM DE TEMPO DE 2007 ATÉ A DATA DA DESVINCULAÇÃO, ME DISSERAM QUE VAMOS PERDER ESSA CONTAGEM, É VERDADE?

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    1. Claro que não vai perder! O governo mineiro agora aprendeu o peso da lei! Tem que respeitar o trabalhador! Cabe ao governo responder para os educadores, sempre que o sindicato o questiona, sempre se esquiva das resposta deixando os trabalhadores apreensivos. Pode ficar tranquilo que o tempo será contado!

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  3. Este concurso já prescreveu! Teria que fazer outro concurso.

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  4. Nossas vagas ( servidores da Lei 100) não foram pra concurso, recebemos uma carta da Sec. da Educação de Minas Gerais nos dando o direito à vaga que ocupamos e a certeza de termos os mesmos direitos dos efetivos; isso não conta???

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    1. Muito boa sua colocação! Com este governo mentiroso nada conta! Apenas cobrança e mais cobrança e perseguição.

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  5. Sou auxiliar de serviços gerais desde 1992, em 2002 prestei concurso para o cargo, trabalhei todos os esses anos até os dias atuais, apenas em 2006 não pude trabalhar por problemas particulares.corro risco de não trabalhar? e os meus direitos quanto a aposentadoria? já não tenho mais idade pra sair procurando emprego e dependo desse serviço.

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    1. Tem que aguardar a posição do governo como vai proceder. O STF deu prazo de 12 meses para aplicar outro concurso. Creio que neste ano vai continuar como designado até o próximo concurso. Como tem muito tempo de trabalho vai continuar pegando designações, mas é melhor preparar para fazer o concurso e ser pelo menos classificada para pegar designações.

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  6. como ficam as vagas que surgirem dos efetivados? serão nomeados concursados excedentes?

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    1. A Gazzola já disse que vai usar o concurso vigente, então, provavelmente irá usar os excedentes.

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  7. Como ficará então a situação dos concursados excedentes de2004 outros excedentes ocuparão seus cargos em 2014

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  8. E os concursados de 2004 não nomeados, trabalhando em cargos vagos, efetivados pela lei 100 com 20 anos de serviço?

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    1. O concurso de 2004 não vale mais! Tem este que é vigente

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  9. Quero ainda acreditar que o governo irá chamar os concursados excedentes de 2004 não nomeados, efetivados pela lei 100. Espero que o sindicato lembre de nós.Estamos confiando
    .

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  10. ela não pode usar os excedentes e quem não fez o concurso justamente por que a vaga dos afetivados não foi para o edital?como fica essa situação, não aceito essa palhaçada de chamar excedentes não.

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