04/06/2012
Unidade garante uma diretoria fortalecida para o enfrentamento contra o projeto neoliberal no Estado
Escrito por: Rogério Hilário/CUT-MG
Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), se tornou neste domingo (3) a primeira mulher eleita para a presidência da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG). Encabeçando a chapa de consenso “Avançar na Luta”, ela assume a Central para a gestão 2012/2015. A Diretoria Executiva, a Direção Estadual e o Conselho Fiscal também foram eleitos no encerramento do 11º Congresso Estadual da CUT-MG, no SESC Venda Nova, no Bairro Comerciários, Belo Horizonte.
Para Beatriz Cerqueira, ser a primeira mulher presidir a CUT-MG reforça a luta pela igualdade de gênero. “Num universo machista, como o da Central, é importante que uma mulher assuma e reforce o debate sobre cotas de gênero. É um desafio garantir a paridade na CUT-MG e em toda a nossa base.” Ela acredita que não será problema conciliar a coordenação-geral do Sind-UTE/MG com a CUT. “A agenda do Sind-UTE engloba todo Estado, assim como a da Central.”
Para a presidenta da CUT-MG, na construção da chapa foi fundamental a busca pela unidade. “O retorno dos bancários à direção explicita o esforço de todos pela unidade. Isso vai potencializar e fortalecer nossa atuação em todo o Estado. Os bancários agregam muito valor à nossa gestão.”
Beatriz Cerqueira avisou: “A nova diretoria da CUT-MG já inicia o mandato cumprindo duas agendas: o apoio ao movimento dos metroviários e à greve dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que começará no dia 14 de junho”.
A presidenta da CUT-MG prometeu uma Central combativa e fortalecida no enfrentamento com o governo neoliberal do Estado. “A nossa expectativa é de, nos próximos três anos, ampliar a atuação da CUT no Estado, fortalecer e organizar a classe trabalhadora, ser aglutinadora das lutas e fazer o enfrentamento com esse projeto que está no governo e que não interessa aos trabalhadores e trabalhadoras .”
Ao ser construída, segundo Beatriz Cerqueira, a chapa “Avançar na Luta” incomodou o PSDB Sindical e incomodou outras pessoas. “E o governador Anastásia e o senador Aécio Neves têm mesmo com o que se preocupar. Eles não terão mais sossego. A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais está, a partir de hoje, em rota de colisão com o governo do Estado. O governo não vai ter sossego. Somos mais um instrumento para a discussão de um projeto de Estado para Minas Gerais.”
Beatriz Cerqueira garantiu que todas as secretarias trabalharão muito e serão cobradas com mais freqüência. “Não faremos balanço de gestão de três em três anos. Vamos nos reunir com os sindicatos de seis em seis meses e não teremos qualquer receio de mudar o que for necessário.” A presidenta da CUT-MG também revelou que serão reestruturadas as CUT regionais do Triângulo Mineiro e do Vale do Mucuri.
Marco Antônio de Jesus, cujo mandato na presidência da CUT-MG terminou neste domingo (3), desejou uma boa gestão à nova diretoria. “Com Beatriz Cerqueira da presidência a CUT-MG tende a avançar. Embora a CUT-MG esteja integrada às ações da CUT Nacional, mas tem que fazer as lutas no Estado. Com Beatriz Cerqueira, a Central preenche uma lacuna dos servidores públicos. Ela é capaz de ser aglutinadora das lutas dos servidores públicos em todos os níveis, sem esquecer que a CUT sempre foi de todos os trabalhadores. A expectativa é de que ela faça um mandato com grandes avanços, com maior unidade interna, que garanta mais filiações de sindicatos, a criação da Federação dos Servidores Públicos Municipais, que fortaleça as lutas da agricultura familiar, com os registros dos Sintrafs e da Fetraf”, disse Marco Antônio de Jesus.
Militância
Beatriz da Silva Cerqueira, 34 anos, nasceu em 3 de março de 1978, em Belo Horizonte. É coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), gestão 2009/2012. Foi empossada em dezembro. É professora formada no Instituto de Educação de Minas Gerais e atua na Rede Municipal de Betim desde 1996. Antes, trabalhou nas redes municipais de Contagem e Belo Horizonte, tem larga experiência com alunos de 1ª à 4ª séries e também com jovens e adultos em programas de alfabetização.
É formada em Direito e sua militância política começou em grupos de jovens, dentre eles, a Pastoral da Juventude. Depois teve experiência no movimento estudantil e, em seguida, enveredou-se no movimento sindical.
Ao formar em Magistério, se filiou ao Sind-UTE/MG: ou seja, o tempo que tem de filiação é o mesmo de formada e de militância. A militância de base começou em Betim, onde existe uma estruturada organização do Sind-UTE/MG, com atuação firme e constante nas redes estadual e municipal.
Foi diretora do Sind-UTE/MG por três mandatos e também coordenadora da Subsede de Betim. Em Betim e região, quando começou eram 900 filiados, em 2009 - 3.800. A atuação do Sindicato se dava em três cidades e atualmente esse atendimento foi ampliado para seis municípios.
Parabéns Beatriz , nós educadores necessitamos de pessoas como vce cheia de garras. Infelizmente se agente for olhar pelo nosso tempo e trabalho não iremos a lugar nenhum.Agente trabalha por amor,porque agente gasta muito com os alunos. Olha, só estamos perdendo,o tempo de serviço que é o quinquenio, bienio,ensino especial. Dizem que está tudo embutido.Onde? Porque quem está entrando agora está recebendo mais do que agente.O ensino especial deixou de existir no contra cheque?
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