MANIFESTO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇAO
GREVE ESTADUAL
Os funcionários estaduais da EDUCAÇÃO informam que estão em Greve há mais de 90 dias pelo cumprimento da Lei Federal 11738/2008, que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) do Magistério. A Greve é o último recurso que nos cabe, pois em várias reuniões realizadas com o governo de Minas Gerais, esse não apresentou nenhuma proposta que atenda as reivindicações dos educadores. O governo mente quando fala que cumpre a lei, porque existe um Plano de Carreira na Área Educacional e ele o ignora, querendo remunerar todos os professores com o mesmo valor: aos que possuem Ensino Médio, Superior e Pós-Graduação, não valorizando quem dedicou anos em sala de aula e excluindo as demais categorias de sua proposta.
O governo de MG teve 3 anos para adequar o orçamento do estado para cumprimento do (PSPN), insistindo em não pagá-lo. Cerca de 153 mil servidores não aceitam subsídio, porque isso significa a morte da carreira, logo, o governo age na ilegalidade, com atuação imoral.
O governo desestimula formação de novos educadores, desrespeita a lei maior do país, a Constituição Federal em vários artigos, e apresenta na imprensa inverdades, manipulando as noticias. Além de privar os funcionários de seus salários, direito de greve entre outras atitudes absurdas. Os governos foram eleitos para resguardar e garantir direitos sociais individuais e coletivos, para que as pessoas vivam com dignidade.
Relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado comprovou que o governo de Minas não investe o percentual constitucional de 25% na Educação Pública; Minas Gerais é o penúltimo colocado dentro todos os estados brasileiros, em investimento Educacional diante à arrecadação de impostos.
Essa é a mais longa Greve da história do estado pela luta por uma Educação Pública de qualidade, na qual cada professor/a desenvolva pedagogias que ajudem na compreensão da VIDA CONCRETA, isto é: a Matemática da fome, o Português da violência, a Geografia e a História da exploração e dos problemas sociais, a Ciência da história da vida real das pessoas.
Não podemos ser omissos, enquanto nossa carreira está sendo destruída. A greve mostra-se uma verdadeira Escola Libertadora de quem não se deixa oprimir, de quem busca na luta sua dignidade e justiça social pelo valor à Educação, um dos maiores patrimônio que o Estado tem obrigação de cuidar.
Como disse o teólogo e escritor LEONARDO BOFF, observando as Escrituras Sagradas: livro do Eclesiástico, capítulo 34, versículo 27: “Derrama sangue, quem priva o assalariado de seu salário”.
O ALUNO PERDERÁ O ANO? O ano letivo possui 200 dias, caso o aluno não conclua sua série/ano em 2011, poderá fazê-lo em 2012. Exemplo: “Se um estudante estiver cursando o 8° ano em 2011, teve 180 dias/aula, ele no começo de 2012 terá mais 20 dias/aula, para completar os 200 dias letivos e começará o 9° ano”.
Tarumirim, 07 de setembro de 2011.
“QUEM LUTA EDUCA”
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